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Nessie

Este blog é sobre tudo e nada (a parte não filosófica da questão).

Nessie

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Escravatura, nunca mais!

Sei que escravatura é uma palavra forte, mas eu nunca gostei de me sentir escrava de alguma coisa. Existem mulheres que são escravas do marido, dos filhos, da casa, do pó, das casas de banho, da vida, do facebook, etc e tal. Para mim issto nunca deu. Ou faço porque quero ou então nada feito. Tenho uma tia que mal sai do trabalho vai a correr vai para casa, para fazer o jantar para o marido, porque ele às 9 da noite tem de estar na cama. "Faça ele", é o que penso. Mesmo eu, estando em casa, não faço nada que se pareça com isto. O meu marido reconhece que eu não passo o dia sentada num sofá: tenho uma bebé (quase duas) para criar. Portanto, para ele, trabalhamos os 2. Nem eu queria casar com um homem que pensasse de outra maneira. 

 

A minha avó materna dedicou toda a vida ao marido (que por sinal é meu avô, e que eu adoro). Nunca trabalhou, ficou sempre em casa com as filhas e depois com as netas. Quando o meu avô recebia, todo o dinheiro ia para a minha avó, que na minha opinião, é uma gestora do catano! Mas em compensação é daquelas mulheres que arranja a roupa para o marido vestir a seguir ao banho. Outros tempos, eu sei. Ela considera que deve tudo ao meu avô, e ele é o grande amor da vida dela. Farta-se de dizer isto. Mas não era preciso...quem os conhece sabe que é assim. Mas sempre foi escrava da casa. 

 

A minha mãe já não foi nada assim. Trabalhava, nós fomos criadas pela minha avó. Agora com a Leonor é que eu acho que ela está a ser avó no verdadeiro significado da palavra, pois connosco era a educadora. A minha avó paterna também sempre teve várias empregadas, e como trabalhava (era enfermeira), não tinha tempo para a casa, nem para as netas, ainda que me adore, mas lá ao jeito dela. 

 

Faz-me uma confusão dos diabos isto da escravatura, mas percebo que nem toda a gente foi educada como eu. Eu nunca tive empregada, podia ter mas não quero, cá vou fazendo as minhas coisas, com a ajuda do Pedro, e com a desajuda da Leonor. Ainda agora acabei de aspirar a sala e já está cheia de migalhas de bolacha! Não quero uma empregada, e não quero que a minha filha viva numa casa com ambiente estéril em que não pode mexer em nada! 

 

A escravatura dos tempos modernos é diferente...é a escravatura das redes sociais, dos blogs...Eu já tive uma conta no Instagram, até era bastante bem sucedida: quase 8000 seguidores, já recebia roupinhas para a Leonor para depois fazer publicidade às marcas, etc. Mas apaguei. Porque já me sentia na obrigação de tirar fotografias, e dizer coisas positivas acerca das marcas que me enviavam coisas, e depois quando ia a algum lado tinha de tirar fotografias e ir logo a correr por no Instagram. Claro que isto tudo fazia aumentar os meus seguidores, mas...já me sentia escrava de uma rede social. Queria a minha privacidade de volta. E por isso apaguei a página (tive de pensar 2 vezes, mas foi o melhor!).

 

Nem da casa, nem da filha, nem do marido, nem de treta nenhuma: escravatura nunca mais. Agora venho aqui escrever umas coisas quando me apetece...e cada dia os visitantes aumentam mais um bocadinho...e isso é bom...que eu não quero escrever para nada, mas nunca vou trocar uma tarde de brincadeira com a Leonor e com a Maria por nada deste mundo!

 

Beijinhos

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